Ao meu pai, a todos os pais e a mim mesmo



Francisco Walderck Telles da Rocha

Estava eu aqui pensando em como rabiscar 
um texto para homenagear os pais. O meu e os demais. Buscava inspiração, e na minha viagem pelo universo paterno, avistei pais de diversos modelos e referências. Pais presentes, pais ausentes, e àqueles que mesmo tendo filhos, nunca quiseram assumir a paternidade. Encontrei pais biológicos, adotivos e adotados.

Contudo, pra dar continuidade ao que pretendo, peço licença ao leitor, para citar como inspiração e exemplo, o meu próprio pai. Pois esta é sem dúvidas a referência mais próxima que posso ter para tecer aqui esta homenagem. 

Ao meu pai, meu eterno respeito, pois ninguém mais que ele, foi o meu maior exemplo; a bússola que apontou para o meu caminhar. Se vivo,  faria 96 anos em setembro; porém, viveu o suficiente para perceber que todos os seus esforços, toda as suas lutas e sacrifícios valeram à pena, pois era um homem de muitas virtudes, mil e uma habilidades. Era um homem multiuso; tudo sabia fazer, tudo fazia bem. Bom caráter, leal e acima de tudo, respeitador e que se fazia respeitar.

Baseado nisso, penso que ser pai é acima de tudo missão, vocação e cumplicidade; ou tudo isso juntos. Como se aprende a ser pai se não há escolas, cursos, faculdades para essa qualificação? Ser pai não é profissão, aprende-se a ser no desempenho das atividades paternas. Apreende-se no dia-a-dia;  aprende-se no abraço, no afeto, na escuta. Aprende-se a ser pai, sendo pai. Aprende-se a ser pai amando os filhos; e o que vem de tudo isso é lucro. É Família!

Aprende-se a ser pai, tendo espelhos que possam refletir em nós, bons exemplos.


Rogério Rocha

Comentários