Bolsonaro quer demitir Filipe Martins para acalmar Congresso; parlamentares querem a cabeça de Ernesto Araújo

 

Ernesto Araújo, à direita, com o presidente Jair Bolsonaro: fé e família na diplomacia Foto: SERGIO LIMA / AFP

A cúpula do Congresso já enviou recados ao Palácio do Planalto de que não haverá pacificação enquanto o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, não for demitido.

Mesmo com a disposição de Jair Bolsonaro para exonerar o assessor especial da Presidência, Filipe Martins, as cobranças vão continuar. Um dos principais formuladores da política de relações internacionais, Martins foi flagrado fazendo gesto associado à extrema-direita em audiência do Senado.

Integrantes do núcleo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmam que é como se Ernesto Araújo fosse o “elefante” na sala e, Martins, a “formiga”.

Enquanto o primeiro atrapalha a política externa e, com isso, afeta a importação de insumos e vacinas, o segundo teve conduta inadequada durante sessão do Senado e fez um gesto passível de investigação. Segundo um aliado de Pacheco, não vai ser “tirando a formiga da sala e deixando o elefante que o problema estará resolvido”.

Parlamentares ligados ao governo disseram ao GLOBO que a solução para o impasse ainda vai demorar a ser resolvida. Avaliam que, se Ernesto Araújo for mesmo demitido, isso só ocorrerá “mais para frente”.

Por meio de um interlocutor, foi levado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, o recado de que Ernesto não pode estar à frente do Itamaraty em um momento em que o Brasil precisa da diplomacia para importar insumos e vacinas.

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Fonte: Diário do Centro do Mundo


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